O site representa o trabalho de Política & Sociedade do grupo de Desigualdade Social do 9° ano C da Escola da Vila.
O blog contém informações sobre a desigualdade social no Brasil. Você pode acessar a galeria (clicando nas fotos abaixo, ou aqui) e ver videos.
Objetivo é passar informações sobre a desigualdade social em diferentes
partes do Brasil. Disponibilizamos um Chat para discussões e trocas de ideias.
# Bill Clinton cita projetos brasileiros como solução para problemas mundiais [proceder] # Governo fecha pacto pela redução da desigualdade social no Norte e Nordeste [proceder] # Secretaria rebate ONU sobre direitos humanos no Brasil [proceder] # Brasil reduz pobreza, mas se destaca por desigualdade, diz AI [proceder]
Não basta só apontarmos milhões de problemas, promovermos discussões, e relacionarmos conseqüências à desigualdade social. Precisamos também introduzir iniciativas que podem ser, estarão, ou estão sendo feitas. Claro que isso também gera muitos pontos de discussão, mas é importante sabermos o que outras pessoas pensam que pode resolver tudo isso. Por isso achamos que seria interessante apresentar algumas ONGs (Organização Não Governamental), movimentos e/ou projetos do governo. Procuramos os introduzir passando a idéia de seus objetivos principais, para mais informações clique no link ao lado da ‘resumo’.
BOLSA FAMÍLIA
A partir do site do “Bolsa Família”, acabamos tirando algumas informações básicas sobre seus objetivos principais. É um projeto governamental criado no governo Lula, em que famílias com condições mínimas de renda são beneficiadas de acordo com sua necessidade. “O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza (com renda mensal por pessoa de R$ 69,01 a R$ 137,00) e extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de até R$ 69,00), de acordo com a Lei 10.836, de 09 de janeiro de 2004 e o Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004.” (retirado do site oficial do governo, leia mais clicando aqui)
MOVIMENTO DOS SEM TERRA
O MST (Movimento dos Sem Terra) montou um 'guia' de seis objetivos principais ao longo de sua história. Esses objetivos ou foram sendo formados, ou feitos quando o movimento foi fundado, em 1985. Os objetivos são: 1- Construir uma sociedade sem exploradores e onde o trabalho tem supremacia sobre o capital. 2- A terra é um bem de todos. E deve estar a serviço de toda a sociedade. 3- Garantir trabalho a todos, com justa distribuição da terra, da renda e das riquezas. 4- Buscar permanentemente a justiça social e igualdade de direitos econômicos, políticos, sociais e culturais. 5- Difundir os valores humanista e socialistas nas relações sociais. 6- Combater todas as formas de discriminação social e buscar a participação igualitária da mulher. Como podemos observar mais da metade dos objetivos, 1, 2, 3 e 6, tem relação direta com o nome e a bandeira do movimento, os outros objetivos, 4 e 5, são objetivos políticos de esquerda, que não contemplam a massa do movimento, mas principalmente a diretoria, que tem um nível intelectual maior. (para mais informações clique aqui)
O mais triste de tudo, é que é toda essa desigualdade que gera a maior parte da fome no país. Isso acontece, pois mesmo com muitos estabelecimentos de comércio que vendem alimentos em grande escala, o dinheiro impede o acesso de muita gente a eles. Para consumi-los é preciso pagar, e muita gente da população brasileira não tem este dinheiro. Ou seja, problema não é a quantidade de alimento (se utilizássemos todos os alimentos que são desperdiçados, menos da metade deles acabaria com o problema de fome) e sim o modo como esses alimentos são distribuídos. Mas diferentemente do que pode parecer essa “indústria alimentar” é algo muito amplo, com várias etapas para formar os produtos que compramos prontos e embalados, por isso são tão caros. Normalmente, dividimos estas etapas em três setores de abastecimento: Setor primário: É referente às atividades agro-pecuárias, extração e produção de bens naturais. Os produtos primários podem ser produzidos, colhidos, plantados, criados, caçados, pescados, etc. Eles são matéria prima, ou seja, ainda não sofreram nenhum tipo de alteração. Setor secundário: É aquele que utiliza a matéria prima para transformá-la em outro produto pronto para a venda, ou seja, transforma os bens naturais em produtos acabados. Setor terciário: É a distribuição destes produtos, a comercialização, a divulgação, para a utilização pelo consumidor. Por cada setor que os produtos passam, eles vão ficando mais caros, se acumulam mais pessoas a serem pagas por seu trabalho. Então é como uma balança, pessoas que precisam do dinheiro podem ser pagas em seus empregos em função destes produtos, mas por outro lado, estes vão ficando cada vez mais caros e se tornando impossíveis para a maioria comprar. O dinheiro que vai para um lado, precisa ser “compensado” sendo tirado do outro, o que não adianta nada para a desigualdade social atual.
Como já postamos anteriormente, há muita desigualdade no mercado de trabalho. Para mostrar isso, nós trouxemos um gráfico postado no Ipea: A partir do gráfico podemos ver quea desigualdade social além de prejudicar os com renda mais baixa, também aumenta o preconceito. Pois mesmo depois de terem sido 'incluidos' na sociedade, os negros e as mulheres continuam sendo prejudicados. Só que desta vez de forma mais indireta.
O Brasil é um país muito extenso, com muitos estados, municípios e cidades. Todos eles são muito diferentes entre si, inclusive no quesito riqueza. Isso pode ser facilmente identificado ao ver um gráfico indicativo de PIB (produto interno bruto), que na maioria das vezes é liderado por São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), e Rio de janeiro (RJ). Também é facilmente perceptível neste gráfico, a desigualdade econômica entre os estados, o que já dá uma idéia de do tamanho da desigualdade social no Brasil, apesar de ser um país muito rico (conforme o PIB mundial, o país está em nono lugar). Mas não é só através do PIB que podemos concluir a grande desigualdade social que existe em nosso país, só pelo fato de que 10% das pessoas mais ricas da população brasileira, são donas de 46% do total da renda nacional, e 50% dos mais pobres são donos apenas de 13,3%, podemos ter uma visão bem ampliada (e triste) do que está ocorrendo no Brasil. O mais triste de tudo, é que é toda essa desigualdade que gera a maior parte da fome no país, algumas causas contribuintes para tudo isso: # A má qualidade de ensino, por que depois vai ser conseqüente na hora de arranjar um emprego. # O desemprego, que pode levar alguém a pobreza, ou até miséria, assim não tendo dinheiro o suficiente para se alimentar conforme o necessário. # O racismo, que até hoje pode ser muito influente para ser aceito em um emprego. (66% da população pobre é negra) # Não só o racismo como o preconceito (sexo, deficiência física,deficiência mental, etc.) # Entre outros
A parte boa de tudo isso é que a pobreza está diminuindo, de 2004 para 2006 aproximadamente 6,3% da população pobre diminuiu, e aproximadamente 2,3% da população miserável também diminuiu. A média de 2006 era de que 26,9% da população brasileira era pobre, e 5,7% miserável. Uma pessoa pobre,é considerada aquela que tem uma renda per capta de até ½ de salário mínimo. E é considerado miserável aquele que tem a renda per capta de até ¼ de salário mínimo, ou quem ganha até dois dólares por dia. O que não dá nem para pagar um prato de comida por dia. Acontece, que a fome não é só causada pela desigualdade social, ou alguma coisa que vá resultar em falta de dinheiro, mas também pela falta recursos públicos distribuição de alimentos (que já existem, mas são poucos), e a iniciativa de “doadores” de alimentos. Pois de acordo com o documentário “Desperdício” por Neide Duarte, muitos estabelecimentos de comércio de produtos alimentícios desperdiçam várias toneladas de alimentos por mês (super mercados 13 toneladas, CEAGESP 1000 toneladas, etc.), que poderiam ser reutilizados para alimentar cerca de trinta milhões de pessoas, sendo que o índice de miséria no Brasil é de 32 milhões pessoas. Para isso foram feitas estas ONGs (como o mesa são Paulo) que recolhem estes alimentos e os distribuem para as pessoas mais necessitadas financeiramente. E são iniciativas como estas, e muitas outras que podem ajudar o nosso país, não só a conseguir alcançar a meta da ONU e da FAO, de acabar com a fome em 2014, como a de vencer a desigualdade social no Brasil!
No Brasil há muita desigualdade social, mas uma das mais constantes é a em relação ao salário. Enquanto 50% da população recebe um salário mínimo, outros 50% recebem 2, 3, 8 vezes a mais. Olhe os gráficos para entender:Gráfico retirado do Seade
Se observarmos o gráfico acima podemos concluir algumas coisas (em relação ao Brasil - rosa): 1) Os 50% mais pobres equivalem a TODA classe média/alta mais os mais ricos; 2) Enquanto 50% mais pobres ficam com 13,9% da renda, 50% dos 'seguintes' mais os mais ricos ficam com 86,1%; 3) Enquanto 40% ficam com 40,8% da renda, os mais ricos (10%) ficam com 45,3%; Podesse concluir muitas outras coisas, mas a conclusão maior a ser retirada desde gráfico é um exemplo de desigualde social no Brasil.